Hackers usam redes sociais para golpes


Que as redes sociais são febre no mundo todo, todos sabem. O que vem se tornando moda agora são os golpes voltados para esse tipo de rede. Identificados nesta semana pela empresas de segurança Kaspersky, as fraudes se aproveitam da popularidade dos sites de relacionamento Facebook e MySpace, além do uso do microblog Twitter, para espalhar vírus.
Em todos os casos, os golpistas usam essas páginas para divulgar links maliciosos. Nas fraudes baseadas no Facebook e MySpace, os hackers ainda tentam transformar as máquinas invadidas em “zumbis”, para ajudar na propagação dos golpes. Controlados remotamente, esses PCs podem espalhar códigos fraudulentos e mandar spam, por exemplo.
O internauta contamina sua máquina quando clica em links sugeridos na página de amigos ou em mensagens internas das redes sociais, também enviadas por conhecidos. A partir daí, o PC infectado passa a divulgar esses mesmos links maliciosos -- sem a interferência do usuário da máquina --, para aumentar a quantidade de vítimas. A praga do MySpace se espalha criando comentários nas contas de amigos do internauta, enquanto a do Facebook produz mensagens de spam e as envia para todos na lista de amigos.
Em alguns casos, explica a Kaspersky, são sugeridos links que instalam nas máquinas códigos de rede. Quando o internauta do Facebook clica no endereço infecta seu computador com a praga do MySpace e vice-versa.

Links perigosos
Geralmente escritos em inglês, os textos que induzem as vítimas a clicarem nos links têm variados assuntos: “Paris Hilton arremessa anões nas ruas”, “momentos engraçados”, “você precisa ver isso” e “meu amigo flagrou você com uma câmera escondida”, entre muitos outros. Vale tudo para chamar a atenção do internauta e fazer com que ele clique no endereço sugerido para se tornar a próxima vítima.
“Infelizmente, os usuários têm muita confiança no que diz respeito às mensagens deixadas por seus amigos em redes sociais. Portanto, a probabilidade de um usuário clicar em um link como este é muito alta”, disse Alexander Gostev, analista da Kaspersky.